quarta-feira, maio 02, 2007

Os Hiros da Vida...

"Save the cheerleader, save the world."
Hiro Nakamura, Heores

Me pediram para escrever sobre Heroes e eu vou obedecer. (principalmente porque eu percebi que ainda não tinha mencionado o maior fenômeno dessa nova safra de séries...)Vamos então!

Eu gosto muito de Super-Heróis, gosto mesmo. Dia 4 estarei na fila para o terceiro Homem-Aranha. Batman: O Retorno é fudido. De Harry Potter até Peter Pan eu tô dentro. Até acompanhei "Who Wants to Be a Superhero" de longe. Mas Heroes...Heroes?
Vocês podem me julgar mal mas a verdade é que só assisti ao primeiro episódio da série o que, para mim, foi o suficiente. Já perdi a conta de quantos me disseram para dar mais uma chance para a turma do Hiro "já que o primeiro episódio é o mais fraquinho e tal", mas o fato é que o seriado não me animou. Sem o mínimo de preconceito com quem assiste (convenhamos que assistir à Heroes não é a mesma coisa que assistir à 7th Heaven), mas...Que série mais fraca!
Eu tento conseguir o máximo de informações possíveis das séries que escrevo, inclusive assisto muita coisa que não me apetece, mas simplesmente não possuo a mesma tara pelo Peter Petrelli como possuia pelo o Jess Mariano (e olha que eu nem curto Gimore Girls). Nem sei o que bateu em mim, normalmente ficaria vidrada numa série tão pop e cool como Heroes, mas o fato de não ter Universal na minha TV não foi vital na minha não-iniciação-super-heróica. Poderia fazer o download pela internet (como fiz com o episódio piloto, meses antes da Universal estrear aqui) mas optei por não continuar com o programa. Não ia ficar baixando mais um seriado pela internet quando tenho faculdade, família, Bones e How I Met Your Mother para me importar. Simplesmente não tenho tempo de sobra (como o queridinho Hiro) e nem disposição para assistir a mais uma série com um puta mistério complexo que, provavelmente, só vai ser resolvido ao anoitecer da sétima temporada.
Para sair um pouco dessa amargura com Heroes, pelo menos vou elogiar alguma coisa...Embora eu ainda me veja como espectadora de Lost (ainda não assisti nada nessa terceira temporada, mas me convenci a esperar pelo DVD - 0 que está se revelando a ser um alívio), tenho que tirar o chapéu para Heroes no quesito "mistério": Heroes é uma série pop, de super-heróis e, com a mais absoluta certeza, terá como maior segredo uma revelação sobrenatural. Já Lost é um seriado que se propõe a ser levado na maior seriedade, mas que ainda não se revelou ser totalmente científico ou absolutamente sobrenatural. Isso, além de cansar muito, corre o sério risco de ter um final totalmente frustrante, com uma alternativa absolutamente ridícula e inesperada de tão non-sense (como no filme Vanilla Sky)
Mas voltando para a Paula amarga com Heroes...
Todo mundo acha que o Hiro é o cara, que a Claire é a poderosa, que o Mohinder é o galã e que a Niki é a fantástica. E foi isso que me desapontou no episódio piloto. O japonês que consegue controlar o tempo revelou ser um bobo, a Claire até que podia ser uma personagem interessante se não ficasse se posando de gostosa, o Sayid dá um coro no Mohinder e a Niki é simplesmente a garota estranha do "Premonição". Ou seja não dá para levar um seriado como esse a sério. E isso é justamente o problema: Heroes, se não fosse um programa metido a ser complexo e poético, poderia ser uma delícia mas se perde quando quer ser algo mais do que puro entretenimento teen. É a crise de identidade que todo super-herói entende pra caramba e tenta lidar em sua saga embora poucos conseguem com sucesso... E, deste modo, Heroes acaba se revelando falho em sua própria estrutura megalomaníaca de busca pela perfeição sem falhas.
Homem Aranha é legal porque, apesar de tudo, ele é humano pra caramba. E o fato é explorado com maestria por Stan Lee (o que acaba não se repetindo no programa criado pelo Tim Kring). Não há profundidade nas personagens. Eles são tipos e caricaturas ambulantes (mesmo sendo carismáticas como Masi Oka), totalmente diferentes entre si e, se não fosse pelo fato de que eles têm poderes especiais, nunca que haveria entre eles uma ligação forte. Não adianta chorar: Liga de Justiça, O Quarteto Fantástico e X-Men tinham algo além do abracadabra.
Mas talvez esteja errada, talvez Claire e sua turma tenham uma química fantástica e eu ainda não percebi em minhas "pesquisas de campo". Mas não vou arriscar perder minhas tardes de folga para descobrir. Nem se o Hiro me doasse uma hora a mais por dia.

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3 Comments:

At 8:10 AM, Blogger G. Kamitsuji said...

como já cantou a tina turner:
"we don´t need another hIro" !
>>
mas eu acho q eles tem humanidade sim, assim como spider-man
mas esse lance do mistério e de querer parecer ser complexo é verdade
>>tomara q naum fique qnem o smallville., q virou sem pé nem cabeça
>>agora, 7th heavn é dose mesmo
hahahahha
é um gilmore girls tamanho família

 
At 3:38 PM, Blogger Rique Cardoso said...

Para mim, Heroes é tão bom quanto Lost, cada qual com suas qualidades. Acredito que vocês devam dar uma chance a Heroes, assistam a 1ª temporada inteira e depois tirem suas conclusões.
Não dá pra querer descobrir tudo de um seriado já no seu primeiro episódio. É como julgar um livro pelo seu título. Achei os personagens muito interessantes e o que se percebe é que essa série cresce a cada episódio. Paralelamente existem também uma Graphic Novel de Heroes, muito legal também.

 
At 3:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Concordo com o que você escreveu sobre a série, mas, mesmo assim, admito que gostei. Também senti que Heroes foi um pouco superficial. Essa temporada ficou um tanto corrida, e não recebemos "material" para analisar mais cada personagem como ocorre em Lost, para conhecê-los é necessário maquinar bem mais, e tentar extrair informação bem mais do que só nas entrelinhas. Também não tem aquela demora para responder às perguntas, o que garante a audiência do próximo episódio em Lost, mesmo porque Heroes nem tem tantas perguntas assim...
Mas no fim das contas, assisti à temporada completa, me apaixonei pelo Sylar e assistirei à próxima. Hereos é um bom entretenimento, Hiro é bobo, porém divertido e é um seriado interessante de se acompanhar. Mas acho que é mais fácil ir com a cara dele quando não se vai com muita sede ao pote.

 

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