sábado, março 17, 2007

How I Met How I Met Your Mother

"A única razão de se esperar um mês para dormir com uma mulher é se ela tem 17 anos e 11 meses."
Barney Stinson, How I Met Your Mother

Tudo bem, eu já falei uma pá de coisas sobre How I Met Your Mother. Sempre usei a série como um exemplo de uma boa sitcom que não tem nada para acrescentar e é só engraçada...Mas nunca comentei sobre ela. Todas as vezes que citei a série eu também coloquei no pacote nomes como Old Christine, According to Jim e The Class para acompanhar meus exemplos. Mas está na hora de eu falar sobre a sitcom que só depois de muito tempo descobri ser a mais bacana que está no ar. Revendo alguns episódios de How I Met Your Mother em uma tarde que tinha tudo para ser tediosa, eu fiquei pensando cá com meus botões que a série é, de fato, fantástica. O começo é típico de sitcom: Tudo bem, a gente assiste o primeiro, dá boas risadas mas nem pensa em riscar outras séries da lista para se comprometer a meia hora por semana de um programa que não tem nada para acrescentar em nossas vidas. Mas depois que a gente fica familiarizado com os personagens não dá para largar. E isso é a mais pura verdade.
O formato não tem nada de clichê. A série é contada em flashback por um pai que quer contar aos filhos (pasmem...) como ele conheceu a mãe dos moleques. E isso funciona muito bem! É tão bacana a gente ver uma narrativa legal! Com My Name is Earl as coisas são assim. Com Grey's Anatomy também. E em How I Met Your Mother as coisas funcionam muito bem... Logo no primeiro episódio a gente já tem uma surpresa: A moça pela qual Ted(o futuro pai) se apaixona pela primeira vista vai ser conhecida no futuro como a Tia Robin. E o pior: Os escritores da série fizeram com que o público se apaixonasse pelo casal Ted e Robin (que agora está junto), mesmo sabendo que os dois não vão dar certo no futuro. Diz se não é uma super estratégia bacana fazer essas coisas? Muita gente no começo pensava que a série era uma coisa meio Lost, e ficavam buscando um monte de pistas para descobrir quem seria a misteriosa mãe. Mas aí caiu a ficha e o pessoal acabou percebendo que isso era apenas uma estratégia para inovar em um modelo de séries que já está obsoleto...Que funcionou, funcionou...
Uma das diversas coisas legais do programa é o fato da série ser contada em flashbacks da memória do pai, tornando sua narrativa totalmente não-linear. São vários episódios com pontos de vista diferentes (Brunch), com flashbacks dentro dos flashbacks (The Pineapple Incident), com histórias paralelas e com episódios que se passam inteiramente em um local (The Limo e Arrivederci Fiero se passam dentro de um carro) que a gente acaba se viciando nessa originalidade. Tudo bem, a série tem seus pontos clichês: Os caras sempre se encontram no bar, a garota está afim do cara quando ele está namorando outra, tem o mulherengo que é engraçado...sim, sempre a mesma fórmula. Mas clichê é clichê porque funciona (citando o Marshall, em um dos episódios mais legais).
Os atores são bem cativantes e, embora Ted esteja narrando a história, os outros personagens não são apenas coadjuvantes: Ted é um fofo e amante à moda antiga, Robin, a mulher de seus sonhos (que a gente sabe que na verdade não é) é a moça independente que não quer um relacionamento. Lilly e Marshall (na minha opinião os melhores personagens) são um jovem casal enfrentando as neuras de um longo relacionamento (9 anos) e Barney é um nerd mulherengo, cheio de teorias e manias e que não se apega a nenhuma moça com quem dorme.
E sim, há frases repetidas e que acabam virando catch-phrases na maioria dos episódios: Legendary, Suit Up e os diversos tipos de "High-Five" já entraram para a história da série (e não daquele jeito de "Eu só falo quando eu tenho certeza" ou "isso, isso, isso") assim como referências a episódios anteriores tipo a piada do Slap Bet, que vai durar até o Marshall terminar seus cinco "direitos" de bater em Barney (já foram 2).
No entanto a série ainda não pegou por aqui e nem tem a audiência explosiva que merce ter lá fora. Os números são favoráveis, mas não fazem jus à qualidade do programa (muito menos se pensarmos nas besteiras que ainda seguram um bom número de espectadores).Então talvez seu destino seja ser alguma coisa meio cult, que poucas pessoas assistem para rir e se divertir (tipo as primeiras temporadas de Seinfeld).
De qualquer maneira, cult ou não, How I Met Your Mother merece sua atencão completa.

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1 Comments:

At 5:24 PM, Anonymous Anônimo said...

Preciso arrumar o Fox Life ou fazer um download desta série que todo mundo recomenda!

 

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